o amor através dos tempos

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ahh o amor, esse sentimento que todo mundo tenta definir, explicar, sentir. como ele pode ser traduzido nesse movimento slow? fui tentar entender um pouco o conceito de slow love e achei coisas bem interessantes pra contar a vocês.

não sei se já assistiram aquela série The Tudors, ela conta a história do Rei Henrique VIII da Inglaterra. mas o que quero falar não é sobre a série, mas sobre o amor retratado nela e que “de certa forma” nos foi ensinado.

o Rei, todo-poderoso-soberano escolhe uma mulher pela beleza e juventude para amar, começa a corteja-la dando presentes caros, casa com ela, e fica na tentativa de ter um filho homem para garantir a sucessão do trono. se ela não consegue lhe dar filhos homem, ele vai lá e se desfaz dela de algum jeito. mas não é sobre diferenças sexuais que eu quero falar, eu quero falar sobre amor.

elas enquanto Rainhas faziam de tudo para não desapontar sua Majestade, deixavam suas vontades pessoais para atender às dele. e quando decidiam colocar sua opinião ou vontade em foco eram vistas (ou retratadas) como hereges e adúlteras. e agora eu começo a falar de amor.

amor naquele tempo vinha logo depois do respeito ao próximo, do status pessoal e do poder. vivia-se para casar, ter filhos e isso era sinônimo de uma vida bem sucedida. longe de mim condenar quem pensa assim, but, não é assim que se mede o sucesso. ser bem sucedido está relacionado à alcançar objetivos, e cada um tem os seus. voltando ao amor, ao longo dos tempos foi se associando ele à sofrimento, culpa, traição. um bando de coisas que não cabem dentro dele, pois o verdadeiro significado do amor foi se perdendo para a grande maioria (por que sim, tem gente que sabe amar bem direitinho).

amai ao próximo como a ti mesmo. gente isso sempre esteve aqui. amai a ti mesmo, antes de qualquer coisa, de qualquer pessoa, de qualquer que seja o estímulo que nos faz amar alguém.

dai, vem a dona internet e seus aplicativos de encurtar distâncias e tempo, e viram os verdadeiros vilões, o chamado Amor Líquido. são os aplicativos os grandes culpados pelas pessoas estarem se desfazendo das relações com mais facilidade? tenho minhas dúvidas, tenho minhas dúvidas… a velocidade que as relações iniciam e acabam de fato está diferente, mas por que, como diz a Marcelle Xavier do projeto Love Hacking*, estamos vivendo uma mudança de época. e isso claro passa pela forma como nos relacionamos, que enxergamos as coisas. e mais do que um sinal online no whatsApp, precisamos nos conectar.

amar devagar. devagar sobre o amar. qual a essência de estarmos com alguém? por que aquela pessoa nos atrai? o que atrai? pra responder essas perguntas, temos que olhar pra dentro. deixar de procurar o amor nos outros e acha-lo dentro de nós, amor próprio.

amar a ti mesmo significa descobrir o que te faz bem, o que te traz a paz. é se colocar em primeiro lugar, se cuidar, se valorizar. eu sempre ouço “se você está bem, atrai o bem” então se você se ama, atrai amor. é simples. e vamos lá, amor de todos os lados, de todas as formas e instâncias. depois que se descobre que não existe apenas o amor entre casais, que amar amigos, família, colegas de trabalho é permitido e preenche váaaaarios espaços do coração – bem ao lado do amor próprio – a gente se sente completa.

ah! mas e o slow love, o que tem a ver com isso? tudo. permita-se primeiro se conhecer, depois entender porque você quer se conectar com as pessoas e pra fechar conecte, de verdade, sem medo – ouça, curta, ligue, saia, namore, abrace, conheça, beije, beeem devagar, sem pressa. o que está em jogo não é o tempo que se passa junto com alguém e sim a qualidade desse estar.

*Love Hacking – lovehacking.com.br/

 

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